Quando eu era rapazote
Lancei a mão no meu bote
E comecei navegando
E disse ao meu timoneiro
Aquele barco é estrangeiro,
Vamo-nos dele abeirando.
E á beira dele chegado,
Veio o capitão fardado
E diz-me então de repique:
“Alô mister marinheiro,
Você que fala estrangeiro
Tem aí liquessevique?”
E eu respondi:
“Yes, Yes, capitone,
Tenho aqui mateigone
Para eu deitar no pone.”
E de tal sorte
Eu deitei rumo ao norte, ai,
E p’ra mostrar que era forte
Ainda lhe chamei “Tone”
Sempre que de casa saia
Me dirijo para o Maia,
P’ra jogar o belgicano.
Era eu sempre o primeiro
A jogar com o Padeiro,
Umas três vezes no ano.
Quando de regresso a casa,
E às vezes com um grão na asa,
E a falar línguas tais
Que tudo fica de pasmo,
Pensando que eu sou um asno,
Mas eu sou esperto demais.
E na refrega,
Liquessevique escorrega,
Se o peixe pega e não pega
Eu chego a desesperar
Com tais desgraças
Tiro mais duas fumaças, ai,
Dou à linha vinte braças
E depois é que é pescar.
=== Instrumental ===
Com tais desgraças
Tiro mais duas fumaças, ai,
Dou à linha vinte braças
E depois é que é pescar.
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