quarta-feira, 31 de março de 2010

Letras de Revista - Pátios Antigos

Refrão
Somos os pátios antigos
Dos tempos que já lá vão,
E assim tão bem tratados
E muito estimados
Por toda a gente de Fão.
Feitos de pedra e cal,
Lavrados a bons cinzéis,
Nós somos ainda do tempo,
nós somos do tempo
Do vinho dos cinco réis.
Nós somos do tempo
Do vinho dos cinco réis.
Nós somos do tempo
Do vinho dos cinco réis.

Um velho pátio caiado
Com escadinhas já gastas,
Sou eu o mais concorrido
Pelos gatos e as gatas.

Talvez seja o mais antigo
Segundo diz o papel,
Onde havia uma escola
Do pedagogo Miguel.

Que era muito frequentada
Por toda a comunidade,
Que aprendia muito bem
Só à força de tabuadas.

Segundo oiço dizer
Olhem que isto não é meu,
Guris houve que fizeram lá
O quinto ano do liceu.

Refrão

Sou eu o mais concorrido
Do que o vizinho Areosa,
Ai, ai, ai,
Do que o vizinho Areosa,

E fiquei sempre escolhido
O pátio Francisca Rosa,
Ai, ai, ai
O pátio Francisca Rosa.

Pintado de verde escuro
Tinha ao pé um lampião,
Ai, ai, ai,
Tinha ao pé um lampião,

Iluminava coitado
A rua de São João,
Ai, ai, ai
A rua de São João.

Refrão

Ó lua retira o sol
Das pedrinhas do rapaz,
Que ele chora coitadinho
Por não poder ir p’ra trás.

Chora pátio chora
E torna a chorar,
Que o velho tempo
Não torna a voltar.

Refrão

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