Letra de Carlos Palma Rio
Se me chama algum freguês
P’ra Gandra ou p’ra Aguçadoura,
Levo o lancete e a turquez,
Alicate e uma tesoura.
E p´ra o que der e vier
Levo as minhas receitas,
Não vá o animal morrer
Das bexigas ou maleitas.
Um dia para ver um porco
Recebi uma chamada,
Cheguei lá verifiquei
Tuberculose cansada.
Outra vez nova consulta,
Era uma doença aguda
E para isso receitei
Uma sangria orelhuda.
O casco das vacas sai
Com um pouco de água forte,
O paralelo não sai
Porque o caso é de morte.
Panarizes nos coelhos
Também por mim são tratados,
Mas meto também bedelho
Nos patos desencontrados.
Se chamam p´ra ver um porco
Que tem febre ou tem catarro,
Receito, eu não me fico,
Um capacete de barro.
Trato de todos os males,
Uruzipela e papeira.
O ... dos animales
Com cházinhos de Oliveira
Com os remédios que eu receito
Ninguém fica descontente
Pois curo tudo a eito,
Só me falta curar gente.
Se chamam p´ra ver um porco
Que tem febre ou tem catarro
Receito eu não me fico
Um capacete de barro.
Há p’ra aí tais invejosos,
Não se acreditam pois não.
Pois saibam que são famosos
Os curandeiros de Fão.
Pois saibam que são famosos
Os curandeiros de Fão.
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