Os pescadores de Fão e Esposende têm dificuldades em sair ao mar.
A sua faina no mar é actualmente de 4 meses por ano, sendo necessário alargar este período a pelo menos 8 a 9 meses, para ser rentável. Esta situação é causada pelos riscos sérios de acidentes na barra, nos meses de Inverno, provocados pelo assoreamento. Os pescadores exigem condições de maior segurança que permitam a faina no mar durante um período mais alargado, em segurança.
O problema das barras é geral e partilhado com outras localidades como Caminha, Póvoa Varzim, Vila Conde e Aveiro. Na presente conjuntura existem problemas na marina de Esposende, a navegabilidade do rio é deficiente e a barra extremamente perigosa. Os pescadores querem condições para trabalhar e sustentar as suas famílias.
As falhas de segurança da barra obrigam esta classe a recorrer ao rio nos meses de Inverno através da pesca à lampreia e ao meixão, também designado por enguia branca.
Contudo a pesca do meixão é proibida nesta zona só sendo permitida, no nosso país, em Caminha e Vila Real de Santo António.
As multas da pesca ilegal do meixão podem chegar aos 35.000 euros, apreensão de embarcações, redes e até levar à prisão do pescador. A cada passo há acções da GNR sobre actividades de pesca ilegal no rio, como a do passado dia 12 de Fevereiro de 2010, em que foram apreendidos 7 Kg de meixão (cujo preço se situa entre 400-500 € / Kg), e 19 redes de pesca. Aliás estas redes, chamadas telas, são caracterizadas por terem uma malha muito apertada e capturam, além das enguias bebé, crias de outras espécies.
Esta classe diz que quer trabalhar e queixa-se de falta de acção das entidades competentes e de não serem ouvidos pelas mesmas na tomada de decisões. A dragagem do rio, reforço do pontão existente e construção de mais um são soluções apontadas pela classe piscatória para alargar o período de faina no mar e evitar assim a pesca furtiva ao meixão.
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